quinta-feira, 20 de novembro de 2008

...


Sinto vontade de escrever ao mundo,
quero mais do que palavras e versos,
não sou de palavras e versos,
sou amor matéria.
Tocável.
Caeiro torna-se poeta de minha dor
talvez não seja dor, seja o silêncio de minha companhia
que não me abraça no frio e é indiferente à lagrimas.
Na conversa entre amigos, seu olhar me afaga
e na doce e amarga memória, relembro meu peito no seu peito
deitados num lençol a nos enlaçar.
A manhã leva essa memória do infinito a saudade,
e assim vou me deixando na procura desvairada
taciturno e amiúde os olhares vão se desencontrando.
Ela morrerá e eu morrerei
ela deixará sua dança, e eu deixarei esses versos.
A certa altura morrerá essa sua dança. E esses versoss tambem.


Eduardo Brasileiro & Lucas De Francesco

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Exórdio do poeta


Para cada dia, bastam seus próprios problemas,
Mas de tudo, terrível, fica um pouco,
fica sempre um pouco de tudo

Esse é o tempo de partidos,
tempo de homens partidos.
Esquecidos em seus dias,
no anteparo de vossos líderes.

Todo passado trás um pouco do bom
e leva um pouco da gente,
e dos homens nostalgia,
dos sonhos o que trazem é esperança.

E no final volte ao exórdio,
o exórdio de todos,
onde somos reis de nossos sonhos.
E ninguem nunca despedaçou tal emoção.



Eduardo Brasileiro
foto: Manuel Bandeira.

domingo, 6 de julho de 2008


Odeia-se aquele que é livre,
porque perturba o descanso
das pessoas rotineiras.

O louco é insuportável,
porque vive perdido
na liberdade total.


Valter da Rosa Borges

quarta-feira, 2 de julho de 2008

De tudo, fica um pouco do tudo


Por que toda paixão desvairada em promessas do sempre, da cumplicidade, se vai como uma chuva de verão? Por que as paixões são demasiados fins, envoltos por um começo forte e abrasador?

No final, tudo é lágrima e a dor sobre saí de uma tal forma que os abismos entre céu e terra, passam a colidir-se na ingratidão por sonhos perdidos, e o tempo dilui o contato e a voz que ouviasse todo dia, a todo tempo, é memória inconstante, talvez, lacrada, num coração que tornou a oscilar pelo que já fora e pelo que tenta ser. As manias, as brincadeiras, os assuntos, os arrepios em novas aventuras, são largados numa caixa sobre a estrada da vida, mas de tudo fica um pouco e o afeto, se verdadeiro foi, permanece em um dos corredores da alma, encontrando você. E, encontrar a si mesmo, é encontrar a verdade, que mesmo indiferente ao sentimento que já existiu, um - não sei-, torna a questionar-se.

Apaixonar-se é injusto, acredito eu, é bom, leva a lugares nunca vistos e sonhos libertos de todas as amarras. É isso a paixão, tirar as amarras e voar onde os pés fogem a altura da cabeça, pois, o sorriso sincero, doce e singular, terno e arrepiante, esse sim, é a medida que encontra a aventura da vida. Mas acaba, e no inconstante sozinho está você, murmurando o amor que não vivera, contudo, onde está o amor, se não na paixão? E se de fato, de tudo fica um pouco, saiba que seu amor vai além de um só, e nos apaixonamos e nos desapaixonamos por muitos, mas o mais cândido sentimento só esteve lá uma vez, naquele seu primeiro amor, onde se entregara sem o medo de se machucar. E fora feliz, terminaste em lágrima, não sentiu ainda, ou só é memória.

Não importa somos humanos, seres apaixonantes.
Eduardo Brasileiro

segunda-feira, 30 de junho de 2008

7 dias


E a semana já começou,
meus amigos deixei nas brincadeiras,
amores que deixei na noite de domingo,
não sei, se volto a vê-los, não sei se já os tive.
É tudo uma parte que se dá no fim de semana,
e ali, é entregue vidas que continuam a se apaixonar.

E novamente, só eu e você. Solidão que conversa,
larguei da memória e fui viver o dia
por hábitos jogados e por pessoas que não as tenho,
e são elas, pessoas feridas, inconsequentes e sonhadoras
conheço-as, frageis porcelanas num asfalto capitalista.

E na valsa dos dias, entrelaçados nas horas, criando minutos
sufocando o tempo, denegrindo a palavra, vendo o ambigo,
que a gente vende. Vende o que ganha e compra o que é novo,
o valor é meu e sem notar vendi pessoas e comprei novas.

A retórica será sempre a vosso prazer, e dela,
vou burlar e ser xenofábo, partindo um pão para dez.
Classes de vossa indiferença, coloniza novos tempos.

Escreve em papéis: malabarismo e cabresto.
Renovo tudo e, só é visto o que está na frente.

Na verdade, foi feito o tempo, e eu consumi o seu bem, agora outros...


(Não importa, pois no domingo os sonhos e o social ainda são respectivamente, amado e "amor")
Eduardo Brasileiro

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Faces.


Quem vai dizer que amar é justo?
A gente ama e desama,
a gente diz e não cumpre,
a gente se entrega e não se envolve.

O amor verdeiro é o primeiro amor.
De fato, onde está o amor que jurei ser eterno?
e a vós trovadora de mim, onde está você?
Inventamos o amor e dizemos que é perfeito.

Mentira, pois tudo se acaba no universo,
e, se estamos juntos, estamos a sós.
Entender o verdadeiro significado
é se perder na ilusão.


Gente que vive e pensa que já es parte do amor.
Que na mentira constrói a verdade, e no amor...
- Não sei -. Talvez seja a solidão gelada,
que é a alma de um poeta sem amor.


E quando eu morrer,
e descobrir que não vivi.
Vou sorrir, eu juro que vou tentar,
pelo amor que não conheci.

Eduardo Brasileiro.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Caos.


Era sabado a noite, cansado da retórica de todos ao meu redor, sujo pela poluição, olhos fracos pelo efemero dolor da juventude corri para meu quarto, tranquei a porta, joguei a mochila, senti o chão gélido e macio de estar onde se pode estar, caminhei algumas lajotas que refrescavam-me, ajoelhei a frente de minha cabeceira e suspirei, e no ato de aspirar rompi meus olhos numa grande escuridão, vivi a dolorosa poesia de sentir o dobro do que o dia me passou, sussurrei a imagem para virgem Aparecida, uma prece de sabedoria e fortaleza e palpitei sobre vidas que... - Não sei.

Encostei-me na parede branca e senti meu corpo deslizar na sutil utopia de educação para uma nação, vi destruirem a inteligencia e escreverem em tarjetas de candidatos para eleições ‘relaxe e goze’, vi tambem a omissão de meus heróis abraçando meus vilões, encontrei nas conversas banalidades entretendo, mortes chocando, outras vidas nem tanto. E nas mais distantes selvas daqui eu poderia ouvir o bater de asas de um passáro, espirrei o ar poluído que voltara a ser real e o sonho sumiu. Tomei logo meu remédio e droguei minhas vias do monopólio capitalista e em cada órgão ele me roubava um dia de minha vida, tirara meu sangue por seu escravismo, tirara meu fôlego pelas dividas, cansara minhas pernas atráz de um bom almoço sussegara meus olhos na realidade que não fora tão ireal. Lavei meu rosto na água que mentem ser pura e encostei na cama esperando esse dia acabar.

Fiquei na meia luz lendo os homens que já se foram, mas estranho notei que eles sonhavam o que eu sonhara e nada aconteceu, suas últimas folhas deixaram para que nós escrevessemos mesmo que a história se repita e que não cesse este nosso bom e velho sonhar na mentira, amar na infelicidade. Pois, este caos não vai embora, mas eu minto, eu nego a sua companhia.

Eduardo Brasileiro.

sábado, 19 de abril de 2008


Sua ausência, é boa companhia.

Eduardo Brasileiro.

domingo, 13 de abril de 2008

É que quando cheguei, eu nada entendi.



Das cidades és o contraste,
pelos olhares perdidos de vossa gente
as saídas e entradas que caminhaste
são apenas ruas que nem se sente.

Nessa calçada é tudo que se encontra,
os engraxates aos pés dos homens de terno,
os mendigos que dormem e os do contra
tambem os crentes falando do inferno.

A figura gélida das estátuas humanas,
um velho homem com a placa:"compro ouro".
A bela catedral a orar por seu povo profano,
e do estranho profano, ser bom. Somos somente couro.

Numa prosa com essas bocas,
que vem e vai, emudecera meu caminho
e eu por eu mesmo, acreditei
fora perdido, fiquei desencontrado.
Eduardo Brasileiro.

domingo, 6 de abril de 2008

És o monopólio.


O poder em um só. Quem dera fossemos tão espertos como julgamos, em nossas máximas nas conversas jogadas no cotidiano, de notar que a cada suspiro, a cada decisão, a cada desdenhar de idéias, há um meio social no qual escrevemos onde já fora escrito o que se deve estar ali.


Em poucas palavras de maneira subjetiva, descrevi a nação Brasileira, e todas as outras que na escuridão de uma caverna ou na luz de um “salvador” estão os homens, que organizam o aval para nossas vidas. Envoltos no lançar de redes, pescados e colocados na mesa de cada domingo em volta de uma oração por aqueles que nem isso podem ter, reza-se ao pai a oração que ele nos ensinara, o cidadão de 7 dias, um para seu descanso e o resto para a desenvoltura de um sistema que visa o ganho obsessivo e o sonho utópico de igualdade, da promessa de que se fizeres isto, terá aquilo amanhã. Os pais, os filhos e os netos seguiram por esta ideologia, mas pouco se conquistara numa terra demasiadamente centralizada no ‘senhores feudais’ do século 20 à 21, empreendedores, comerciantes, executivos, as industrias chegaram e aqui se firmaram nas vertentes de um capitalismo que esqueceu-se de colocar nos livros didáticos: O Capitalismo Devorador.


Num meio tão receoso, se discute: uma vida saudável, o direito de todos, e inúmeras ideologias falsas, pois, não se vê um indivíduo saudável tendo como moradia o viaduto do chá ou um indivíduo com todos seus direitos tendo que alimentar seus filhos com comida jogada em lixões da cidade, notando que há discussões a fora sobre o aquecimento global(que ocorre desde a década de 60 e somente de uns tempos pra cá, tornou-se importante), mas nenhum cidadão quer deixar de mão seu carro porque o transporte público é tão precário quanto o Cubano. Encontra-se neste dia-dia que vemos nos notíciarios de suas cozinhas almoçando para segunda vida pela tarde ou pela noite como dona de casa essas discussões, sem ao menos notar que nenhuma financiadora quer diminuir o número de carros nas lojas, nenhum político quer cuidar dos desabrigados porque gasta muito do dinheiro do governo e nenhum dos grandes comerciantes do país querem dar comida pra quem não paga. Isto é real, a fantasia se esconde nas esquinas com homens de terno dizendo o que é certo e o que é errado, em que discutimos em nossas ceias de natal, bares com colegas, o que já foi decidido há tempos.


Não se assuste, mesmo monopolizados: sorrimos, choramos, cantamos, dançamos, criamos... Só nos tiraram o poder de viver, como nunca vamos poder conhecer. É fato, não se consome somente se lamenta.



Eduardo Brasileiro.

Foto: Roberto Marinho. Magnata e manipulador.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Detalhes


Detalhes de nós dois,
professados no papel,
escrito na música que sois,
dançado na melodia de babel.

Minhas palavras e explicações,
que foram embora por estradas
distantes, sumindo as ações
mas isto viverei, é minha jornada.

Silencioso, delicioso na tortura implacável,
me construi para estar em você
em viver de paixão e ser invisível.

você vai lembrar de mim
e quase nada serei detalhe, eu serei sua metade.
aquela noite vou lembrar-lhe que sim.

Eduardo Brasileiro.

sábado, 1 de março de 2008


Não mais me arrependerei, a dor é inevitável, então que seja a dor de ter amado e não de ter fugido deste amor. Obrigado pelos momentos realmente vividos.


(Rodrigo Arruda)



de fato, amar tambem é sofrer.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Os três últimos desejos de Alexandre, o Grande.




Quando à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou, seus 3 últimos desejos:

1 - que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
2 - que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...);
3 - que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.


Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou:


1 - Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2 - Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.



A necessidade de se expressar pelos atos, faz parte de nós. O que nunca fomos para alguém, pode mostrar no presente que mudamos o que somos, de fato.(Eduardo Brasileiro)

foto: Fidel Castro.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

"E Deus o fez a sua imagem e semelhança."(Gn 1, 26)




Há um mês atráz, comecei a ler um livro que nas primeiras paginas me pôs a querer devorá-lo de tantas questões, não há algo tão gostoso quanto essa sensação. O livro 'A viagem de théo' retrata a história de um garoto que com sua tia, parte numa viagem pelo Mundo a fora conhecendo todas as religiões e o por que de tantas.

Sou cristão, mas questiono como muitos o por que das diferença, por que tanto sangue derramado na visão escatológica de seus líderes e no questionamento social, psicologico?

Você, como eu, não tenha medo de dizer que eles mexem conosco, com suas metodologias de vida e suas espiritualidades em nível transcedental. Cristãos, Judeus, Muçulmanos e muitos... Guiam a fazem da humanidade o que é, hoje. Inegavel sua importância na história, sua influência e seu massacre, todavia, a resposta para tudo isso não encontrei. É intrigante pensar que na América do sul há jovens que acreditam em Cristo, em Jerusalém os Muçulmanos que acreditam em Maomé e o jovem judeu que em Israel acredita em Moisés. Por que o Eterno(Deus) assim chamado pelos Judeus, faria ao seus filhos todos diferentes, inconstantes nos pensamentos e até então viventes e torno da verdade "conveniente" para cada qual?

Me acostumei ao ver na televisão guerras em Jerusalém, os conflitos que separa e cria mortes pelo o que um dia Javé proclamou a terra prometida, o que pelo um dia Maomé questionou sua parte no plano da salvação ou o que um dia o salvador dos cristão iria nascer alí. Um lugar comum trazendo dentro o caminho da humanidade e tambem os seus maiores erros. De fato, somos humanos pelos nossos instintos, pela emoção ao nos reunirmos numa ceia ou pela razão ao olharmos para o indiferente.

Hoje sei, que 'não importa' se for Maomé, Moises ou Cristo, por Aláh, Javé ou Deus. O que um dia eles pregaram nessa visão além da compreensão o que nos envolve em seu manto sagrado ou não é, a paz e a felicidade que todo homem merece, e que deve ser alcançada não com o preço da guerra pressuposto por muitos nem ao menos por uma verdade absoluta e sim, pelo respeito no ato de coexistir com a diferença. O homem amanhece a todo dia para vencer seus preconceitos, para isso fomos feitos para amar e acreditar, de fato.


Eduardo Brasileiro.
foto: Coexistir. Bono Vox vocalista do U2, fazendo uma alusão a uma possivel coexistência "pacífica" entre cristãos (T), judeus (estrela) e mulçumanos (lua/C) ...Uma tentativa de paz ...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Terça feira de carnaval.


Foste um dia estival,
mas para mim só era Carnaval,
isso que banaliza o que somos,
e esquecemos do que fomos.


Eu, que não era eu,
somente mais um nos braços seus,
não tinha mais autonomia,
meu sorriso não era alegria.


O meu dançar que deixei sem notar,
só os pés que se punham a bailar,
fui mais um sem esperança,
que entregou ao mundo sua confiança.

Amanhã estaremos de luto,
é quaresma período bruto,
e na ironia do perdão
escrevemos mais um ano de ilusão.

Oh poeta bravador,
que declara sua dor,
em uma cidade,
que neste dia só é felicidade.

A você que hoje também é melancolia,
eu me prostro com nostalgia.... do que fomos.
Carnaval, Carnaval, Carnaval,
eu fico triste quando chega o Carnaval.


Eduardo Brasileiro.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Estética.


Não costumo aceitar ao ver diversas situações no dia-dia, que exigem ser o que não somos; O padrão, buscamos o que todos querem para agradar nosso próprio ego preenchido por outros pensamentos.

A faculdade do sentir evoca a uma situação de ser mais, sendo mais agradamos a nós mesmo e a eles (grupo sociais), a chamada aparência, que divide e conturba o viver social. Agradavel, surreal, objetivo, sensacional: uma modelo, uma obra de arte, um carro. Somos rodeados pelas nossas sensações; o gosto.

Se afirmarmos que gosto não se discute estamos errados, de política à religião devemos questionar e saber o que é bom e certo, o que nos agrada não é certeza de ser bom, no entanto, quando vemos o belo esquecemos que há algo pulsando dentro de nós, sentimos emoções e além de tudo a igualdade de respeitarmos a cada individuo como é. Assunto este que não tomamos nota, impomos certas “leis” que fazem do homem algo robotizado e se não cumpridor dessas, você é jogado para fora de um núcleo que nos faz completo. Acuidade e sensibilidade no ver as pessoas, carregar em nós o peso do que elas são e não o que elas vestem, sem nos deixar pelas tribos, pelos conflitos, pela conturbadora imagem de nos emocionarmos ao ver um mendigo, mas não quero-lo jantando conosco... ou melhor não quere-lo daquele estado. Quando excluimos ou até mesmo quando a genética não cumpri seu papel e uma criança pode nascer deficiente, não muito distante em sua juventude ela irá sofrer pela discriminação e exclusão dos ‘afortunados’.

Buscamos estar na estréia de uma sociedade que desenha; quem e como devemos ser. Nem tudo que usamos é o que somos, é tudo uma questão de aparência.


Eduardo Brasileiro
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Quer saber? tente ignorar meu texto, como a televisão faz ao só ter artistas bonitos, como no BBB que só tem gente escolhida no dedo pelo seu corpo e como em nosso dia-dia que falamos mal das pessoas que se vestem da forma que desejam. Carnaval está ai, Biquini, seios, bumbuns... vamos agradar nossa luxúria enquanto somos o país com recorde de Analfabetos. Agora você entendeu né?

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008




O poder de amar, só existe quando se é amado.
O resto é entrega, o resto é erro,
o resto tambem é acerto.
O resto... só foi um passo do que é, viver.
Eduardo Brasileiro.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008


É o máximo viver toda sua fé e nela depositar sua vida. Mas, meu dever é viver nas entre-linhas do máximo, descobrindo que a razão está nas outras.





Eduardo Brasileiro.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

À saudosa saudade.


E do amor? Minha vida,
posto que sempre te amará.
Nem o ontem presságio de nossa dor,
nem o amanhã incerto amor,
fará esquecida a memória presente de nós.


Sobre o corredor de minha casa lembranças,
de nossas histórias escritas no descompasso, escondida em abraços.
E dos olhares a indescritivel imagem de coexistência,
no hoje, que é ouvir a voz de sua ausência.
Porque metade de mim, é seu, a outra metade... não sei.

Eterna música de nossos amores,
efêmeras manias de termos um a outro.
Se na aurora bem próxima, seu nome me visitará,
por aquele vento gelado num dia de calor,
como foi naquele dia que a gente se conheceu.

Das promessas o sonho imperfeito do amanhã,
da companhia sua feliz dança, a cima de meu piano,
na moldura nosso retrato esboçado, e eu tentanto alegrias vãs.
Me abrace enquanto tento te esquecer,
me beije enquanto finjo que estou completo.


Enquanto fujo, enquanto minto.
E da noite obscura e fria, a chama.
Aquela velha chama, que outrora ascendemos
e hoje, me aquece com sua última brasa,
me lembrando de meu presente a solidão.



Eduardo Brasileiro.