terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Terça feira de carnaval.


Foste um dia estival,
mas para mim só era Carnaval,
isso que banaliza o que somos,
e esquecemos do que fomos.


Eu, que não era eu,
somente mais um nos braços seus,
não tinha mais autonomia,
meu sorriso não era alegria.


O meu dançar que deixei sem notar,
só os pés que se punham a bailar,
fui mais um sem esperança,
que entregou ao mundo sua confiança.

Amanhã estaremos de luto,
é quaresma período bruto,
e na ironia do perdão
escrevemos mais um ano de ilusão.

Oh poeta bravador,
que declara sua dor,
em uma cidade,
que neste dia só é felicidade.

A você que hoje também é melancolia,
eu me prostro com nostalgia.... do que fomos.
Carnaval, Carnaval, Carnaval,
eu fico triste quando chega o Carnaval.


Eduardo Brasileiro.

3 comentários:

Anônimo disse...

'meu sorriso não era alegria.'

Não podemos nos entregar a tristeza, somos felizes e se em alguns momentos não temos vontade de sorrir, o melhor é não sorrir.

Eduardo Brasileiro disse...

é, dificil sermos rodeados por fatos que nos entristece e assim termos a transmissão de nós em forma; triste, fraca, melancolica. Temos que ser o que somos. concordo contigo.
entretanto, temos que saber viver para o outro e assim aprender que não existe só o nosso ego, mas o de tantos que mesmo com problemas continuam a sorrir.

O ser humano, busca em sua existência: paz e felicidade.

"meu sorriso não era alegria."
...

mas um dia será.

Cicília Moreira disse...

Tu alcançou com esse texto o que muitos escritores não conseguem, tu falou da tua dor, no entanto retratou os sentimentos de muitos!Parabéns!