sábado, 19 de abril de 2008


Sua ausência, é boa companhia.

Eduardo Brasileiro.

domingo, 13 de abril de 2008

É que quando cheguei, eu nada entendi.



Das cidades és o contraste,
pelos olhares perdidos de vossa gente
as saídas e entradas que caminhaste
são apenas ruas que nem se sente.

Nessa calçada é tudo que se encontra,
os engraxates aos pés dos homens de terno,
os mendigos que dormem e os do contra
tambem os crentes falando do inferno.

A figura gélida das estátuas humanas,
um velho homem com a placa:"compro ouro".
A bela catedral a orar por seu povo profano,
e do estranho profano, ser bom. Somos somente couro.

Numa prosa com essas bocas,
que vem e vai, emudecera meu caminho
e eu por eu mesmo, acreditei
fora perdido, fiquei desencontrado.
Eduardo Brasileiro.

domingo, 6 de abril de 2008

És o monopólio.


O poder em um só. Quem dera fossemos tão espertos como julgamos, em nossas máximas nas conversas jogadas no cotidiano, de notar que a cada suspiro, a cada decisão, a cada desdenhar de idéias, há um meio social no qual escrevemos onde já fora escrito o que se deve estar ali.


Em poucas palavras de maneira subjetiva, descrevi a nação Brasileira, e todas as outras que na escuridão de uma caverna ou na luz de um “salvador” estão os homens, que organizam o aval para nossas vidas. Envoltos no lançar de redes, pescados e colocados na mesa de cada domingo em volta de uma oração por aqueles que nem isso podem ter, reza-se ao pai a oração que ele nos ensinara, o cidadão de 7 dias, um para seu descanso e o resto para a desenvoltura de um sistema que visa o ganho obsessivo e o sonho utópico de igualdade, da promessa de que se fizeres isto, terá aquilo amanhã. Os pais, os filhos e os netos seguiram por esta ideologia, mas pouco se conquistara numa terra demasiadamente centralizada no ‘senhores feudais’ do século 20 à 21, empreendedores, comerciantes, executivos, as industrias chegaram e aqui se firmaram nas vertentes de um capitalismo que esqueceu-se de colocar nos livros didáticos: O Capitalismo Devorador.


Num meio tão receoso, se discute: uma vida saudável, o direito de todos, e inúmeras ideologias falsas, pois, não se vê um indivíduo saudável tendo como moradia o viaduto do chá ou um indivíduo com todos seus direitos tendo que alimentar seus filhos com comida jogada em lixões da cidade, notando que há discussões a fora sobre o aquecimento global(que ocorre desde a década de 60 e somente de uns tempos pra cá, tornou-se importante), mas nenhum cidadão quer deixar de mão seu carro porque o transporte público é tão precário quanto o Cubano. Encontra-se neste dia-dia que vemos nos notíciarios de suas cozinhas almoçando para segunda vida pela tarde ou pela noite como dona de casa essas discussões, sem ao menos notar que nenhuma financiadora quer diminuir o número de carros nas lojas, nenhum político quer cuidar dos desabrigados porque gasta muito do dinheiro do governo e nenhum dos grandes comerciantes do país querem dar comida pra quem não paga. Isto é real, a fantasia se esconde nas esquinas com homens de terno dizendo o que é certo e o que é errado, em que discutimos em nossas ceias de natal, bares com colegas, o que já foi decidido há tempos.


Não se assuste, mesmo monopolizados: sorrimos, choramos, cantamos, dançamos, criamos... Só nos tiraram o poder de viver, como nunca vamos poder conhecer. É fato, não se consome somente se lamenta.



Eduardo Brasileiro.

Foto: Roberto Marinho. Magnata e manipulador.