segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Existir para Coexistir.


As trombetas são anunciadas pelas crianças nos montes da Pérsia. E o barulho se faz ressoar pelo planeta levando gritos de esperança.


As palavras de uma mãe moradora de rua com seu filho que profere na noite de ano novo, sobre , falando que ele nunca perca isso e que essa palavra seja motivo para ele acordar todos os dias.


E o sentir nas mãos o valor do amor, quando um pai morre de fome pela sua filhinha nos braços em algum canto do mundo, ensinando o amor sem medidas, é marca da caridade que se faz presente e essa criança continuará a viver, pelo seu pai que lhe deu a vida.



Que seja por essas crianças que o Mundo inicie um novo ano;

Esperança, fé e caridade.



Eduardo Brasileiro.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Amor


O amor é, eterno na centelha do vivido,
efemero, quando se esvai pelos corredores de nossa alma,
é, ter um lugar para partilhar,
um alguém para se entregar.

É fato para os que vivem,
heresias ao cegos de espírito.
É, existir como se deseja,
mas, coexistir para o seu apogeu.

É na bagagem a aventura que é sorrir,
mas as lágrimas virão lhe mostrar
que sonhar não é viver,
e vivemos para sonhar.

É, o presente completo,
o sonho incompleto.
somar-se aos muitos apaixonados,
todavia sendo você no singular.

É entender porque a chuva cai em terra infértil,
e porque o sol trás a seca e seus agravantes.
É morrer na cruz perdoando tudo e a todos,
não sendo mais digno daquele que morreu pela sua família.

É, sobretudo aquilo que queremos dentro de nós,
tendo momentos que queremos cuspi-lo.
É o passado que irá brilhar em sua lápide,
o futuro com seus desejos inconstantes.

Isso é amar. O nada sei de tudo que vivera,
mas, tudo sei do que fora necessário.



Um Natal do amor à todos.


Eduardo Brasileiro.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007




Um dia vc entende...

porque sofreu tanto por uma mulher, porque sofreu tanto por um sonho, sem nem a mulher nem o sonho estavam escritos no seu destino!




e o chão lhe foges dos pés e os sonhos lhe fogem das mãos.




terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Onde as ruas não tem nomes.


Um dia, ei de passar por um dos cemitérios de minha terra e alí me dizerem – é aqui que o seu josé está enterrado. – não me importa o prefeito, o escritor, a celebridade ou a miss brasil, já basta o eu José... gente boa, pouco conhecido, amigo de todos, de olhar singelo e baixa voz ao falar.

Não desejo suprir a imagem dos grandes, pois, sem faculdade aprendemos a viver, sem títulos importantes aprendemos à amar nosso meio. Suspiros serenos, olhares inebriantres, a figura mais adequada para a vida que cada qual escreve em seus diários pela noite. O bramido dos veados que fogem dos caçadores e o grito de uma senhora ao levar um tiro, morremos sem notar que estavamos numa selva um paradoxo do que ousamos dizer serem justas: as leis. Uma heresia, que nós construimos que tem por condição os poderosos viverem, os fracos morrerem.

Debaixo desta terra todos jazem por uma vida igual a de todos, e não é aqui debaixo, que se encontra o cortejo de nossas almas, não aqui onde minha alma não à de descansar. É lá, onde todos me conhecem e as ruas não tem nomes, elas são retratos do que fomos, somos, e estamos criando, é lá que eu, sou somente eu, e o poderoso só irá ser somente um. A eternidade tão almejada.

Aguardando este dia, meu ser em silêncio regozija pelas dores sentidas e as lágrimas derramadas em cada poça da cidade. Hoje o que ecoa nos corredores de minha casa é o brado poeta que pela figura cândida, despreza o homem e abraça o espírito.


Eduardo Brasileiro.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Água.


Na corrente caprichosa
que vai escorregando e,
em seus barrancos se entregando,

pela noite vistosa e gélida.
O doce mar, me entregaste
ao dançar em seu corpo.

E vestir-me de vida
a vida que tu me deste
ó bendita que matas com a vida

Pela água que bebi e o fruto
que tu me alimentaste,
ó vida em abundância

Que as estrelas brilham aos seus pés
e o sol desenha seus caminhos,
Não esqueça espelho vivo,

que guias meus olhos até o seus confins.
E como um sonho, um simples sonho,
desenha em nossos traços vida e felicidade.


Eduardo Brasileiro.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O real imaginário.


Que barulho é esse no meu quarto?
É meu espírito, sedento do que sou,
murmura no meu ouvido o guerreiro ali posto,
que torna-se o que todos são.

Meu pai me dizia para o salário eu guardar
daqui a alguns anos homem vou ser,
da minha vida vou ter que cuidar
e um terreno vou comprar, se alguém me vender.

Não sou uma cara com tempo a namorar,
aprendi a sonhar, me apaixono ora e volta,
oscilo entre o eterno sentimento de amar,
pois, na escola os filósofos ensinaram a deixar á alma solta.

E do meu dia cuido eu
benção do céu não vem tão ágil,
como qualquer um, tenho duvidas do que é Deus,
nem para ele, tudo é tão fácil.

Porque o mundo chora a cada dia,
as vezes somos um sentimento mórbido,
pois, não são lágrimas de alegria,
ei já te avisaram homem não chora .

Posto homem, posto a sofrer,
viver ao dinheiro correr com meu terno
à meu pai eterno que ele venha me socorrer
e vejo que é ali que encontro o abraço singelo,

Morro só essa vez, pela aventura que foi viver.
Eduardo Brasileiro.