quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O real imaginário.


Que barulho é esse no meu quarto?
É meu espírito, sedento do que sou,
murmura no meu ouvido o guerreiro ali posto,
que torna-se o que todos são.

Meu pai me dizia para o salário eu guardar
daqui a alguns anos homem vou ser,
da minha vida vou ter que cuidar
e um terreno vou comprar, se alguém me vender.

Não sou uma cara com tempo a namorar,
aprendi a sonhar, me apaixono ora e volta,
oscilo entre o eterno sentimento de amar,
pois, na escola os filósofos ensinaram a deixar á alma solta.

E do meu dia cuido eu
benção do céu não vem tão ágil,
como qualquer um, tenho duvidas do que é Deus,
nem para ele, tudo é tão fácil.

Porque o mundo chora a cada dia,
as vezes somos um sentimento mórbido,
pois, não são lágrimas de alegria,
ei já te avisaram homem não chora .

Posto homem, posto a sofrer,
viver ao dinheiro correr com meu terno
à meu pai eterno que ele venha me socorrer
e vejo que é ali que encontro o abraço singelo,

Morro só essa vez, pela aventura que foi viver.
Eduardo Brasileiro.

2 comentários:

Anônimo disse...

'E do meu dia cuido eu
benção do céu não vem tão ágil,
como qualquer um, tenho duvidas do que é Deus,
nem para ele, tudo é tão fácil.'

teológico isso né?!
será mesmo que nem pra ele as coisas são fáceis?
me explica?

beijos. te amo

Eduardo Brasileiro disse...

De Fran. =)

é bom ter alguem que discuta o que vc escreve.

na verdade é um desabafo de todos os homens, todos tem duvidas do que é Deus, e do que ele pode ou não fazer. ele abre um parenteses para aquelas pessoas que por exemplo se questionam:" porque Deus deixa tanta gente morrer?". "porque a vida é injusta para os fracos, se no evangelho todo devem ser iguais." dentre tantas.

o questionamento matutino que levamos durante todo o nosso dia. =)