Foste um dia estival,
mas para mim só era Carnaval,
isso que banaliza o que somos,
e esquecemos do que fomos.
Eu, que não era eu,
somente mais um nos braços seus,
não tinha mais autonomia,
meu sorriso não era alegria.
O meu dançar que deixei sem notar,
só os pés que se punham a bailar,
fui mais um sem esperança,
que entregou ao mundo sua confiança.
Amanhã estaremos de luto,
é quaresma período bruto,
e na ironia do perdão
escrevemos mais um ano de ilusão.
Oh poeta bravador,
que declara sua dor,
em uma cidade,
que neste dia só é felicidade.
A você que hoje também é melancolia,
eu me prostro com nostalgia.... do que fomos.
Carnaval, Carnaval, Carnaval,
eu fico triste quando chega o Carnaval.
Eduardo Brasileiro.
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