segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Solidão


Solidão fonte necessária, o homem é um ser só, sua magnitude é conseguida a sós. O vazio em seu peito é o medo, inimigo da solidão.

Preciso me encontrar e, é dentro de mim que encontrarei minhas dúvidas, minhas certezas, o meu sonhar e o meu chorar, só ali que verei... Quem sou eu.

Um furacão ou um longo vento, o que devo ser, senão eu mesmo me conjugando nas paredes de meus ideais, tentando conhecer a terra que nunca fora almejada e as palavras nunca ditas. O eu, que descubro que somente eu posso ser, dúvidas do mundo, certeza do vento que me abraça, é assim a história de um homem que pela arte faz o seu dançar e na poesia o seu falar, incerto para todos, certo para você mesmo. Ser você é caminhar só, mesmo tendo todos ao seu lado. É amar enquanto pensam que é indiferente. É viver o real em um oásis. É cantar o mais ardente dos sonhos no túmulo de alguém que não viveu.

É doloroso ver o enterro com poucas pessoas presentes, dói em saber que pode ter sido muito, em que pensam que é um nada. Ainda existem jovens assim, que pela madrugada não dormem e ficam apreciando o silêncio que nos cala, acho que sou isso...

O velho que quando morreu deu o último suspiro como um jovem sonhador e, não temeu, pois, a solidão que o abraçou lhe fez cortejo em sua cerimônia e tratou de chorar por mais um sonhador.



"O seu sonho é do tamanho do vazio em seu peito."
Eduardo Brasileiro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sou eu Edú!! Sua fã Thays!
Adorei seu texto!! lindíssimo,parecido com as cisas que também escrevo,o sentir desse texto é um sentir pesado de sentido!!
Talentoso e humano.
Beijos.