quinta-feira, 20 de setembro de 2007

O Bom sacristão


O bom sacristão, vagarosamente caminhando, levando consigo um punhado de chaves que até Deus duvidara qual é qual. Olhos calmos, de tão calmos que o silêncio da igreja o tornou, sem pressa arrumando os objetos para a santa liturgia, vai proclamando entre as ave Maria as graças de uma vida de lutas e vitórias protegidas pela sua santa mãe.Da porta central até a sacristia, vai olhando humildemente ao Deus da cruz, e nele colocando preces para que seus joelhos tão cansados nunca se cansem de prostrar-se a santa Eucaristia. Passando sobre a padroeira arruma-lhe o escapulário e enfeita-a com rosas, ali com olhos fechados, pede por todos que um dia colocarão a mão e fizeram seu pedido.

Os coroinhas que vão chegando, abraça-os e faz suas brincadeira tratando como filhos que nunca pudera ter. As velas vão ascendendo e a luz que guia a humanidade, e também sua fé vão chegando novamente iluminando a igreja.
O Povo vai chegando e os “donos da vez” tomando sua posição, ele vai se escondendo no meio da grande assembléia, para ver mais uma, e especial vez que o senhor senta-se com seu servo, e vai o ensinando ser um pouquinho mais, no Mundo que ele não é nada, somente um bom sacristão, que um dia, somente deixará lembranças e saudades... pensando bem ele foi tudo no mundo que pensa que ele foi um nada.



Eduardo Brasileiro

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