quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Aquele nosso dicionário.




È inevitável te amar,
Sei que um dia vou te encontrar,
E na avenida principal da cidade,
meus olhos com o seu se ascenderão
os mesmo olhos que por um bom tempo levei em meu coração.
E este belo dia chegando,
da nostalgia dos tempos vamos falar,
mas juntos sobre o amanhã vamos pensar.

Ás vezes que chorei foi sobre a vida que duvidei,
sentado no sofá ouvi a chuva cantar
o som melancólico que me abraça,
aguardando você chegar,
para aquela conversa a gente terminar.

O nosso dicionário vamos trocar
e na 1 pessoa do singular,
vou conjugar o verbo amar.
E assim, entregar a doce ternura de ter alguém
para os sonhos compartilhar.

Estranho pensar, mas te entendo mais que um velho amigo seu,
e com meu violão vou tocar, algumas musicas pra você lembrar
o tempo quando começamos à amar e, aquela poesia, aquela velha poesia que nos fez amar, dessa vez ela vamos viver.




Eduardo Brasileiro.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Experiência de Deus.


É preciso navegar nas cavernas mais escondidas de nosso coração, e ali encontrar a chave de toda uma vida, a palavra que sempre te conforta sem ao menos ser falada, o joelho que se dobra sem ao menos tê-lo visto, o sacrifício que se estende por um gesto de amor. Isso é Deus. O completo que está no incompleto, o divino que se entrega ao profano, o amor incondicional pelo ser que pode amar sem amar.


Todo ser pode então amar, da vivência em comunidade à oração feita em silêncio no seu quarto, a demonstração da fé, rege a inefável busca do homem ao amor definitivo.Viver é proclamar sua fé, logo, o homem que não crê não vive. Das histórias do povo que no deserto caminhou, até os tempos de hoje, vendo uma criança elevar suas preces ao “papai do céu”, temos a certeza que existe em algum lugar acima dos telhados do mundo um ser que ali nos observa como o chamamos; Yaweh, allah, senhor, Deus... A reciprocidade do amor de Deus para com todos, é vista nos rostos daqueles que souberam viver o mistério de sua vontade e ao encerrar sua jornada dizem saudosamente; “encerrei minha jornada, guardei a minha fé.” Ter Deus é derrubar os limites de nosso enxergar.


Não negue seu espírito sedento pelo rio que sempre estará dando águas, saibamos viver a experiência do Deus que diz sim a vida e não a morte, ao mesmo Deus que diz sim a ideais profundos do coração humano e não a alienação, o que sorri com nossas piadas e não o que é opressor. No Deus que te pegou no colo e disse; “Vá brincar, mas leve a vida por onde caminhardes”.


E no desfecho das cortinas de nossa vida, ali estarão as respostas para tudo que um dia professamos.
Eduardo Brasileiro.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

“Dê a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.


trabalho teológico. analise exegeta sobre a narração bíblica;



. “É lícito ou não pagar impostos a César?” (Mc 12, 14b), “dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mc 12, 17),


Jesus, nesse discurso escatológico aponta aos cristãos um grito revolucionário, mostrando que o que é do homem é do homem, o que é de Deus é de Deus.
Deus não quer imposto, com efeito, quer uma vida em abundância para todos, o que não é visto na vida do povo daquela época tanto camponeses como o povo da cidade. O anúncio de Jesus é o anúncio da paz e os romanos já anunciavam uma paz ( pax romana), com guerras e massacres, ele (Jesus) apresenta aos cristão que Augustos não é Augustos, todavia não sendo detentor dos poderes divinos, era somente César o imperador, o Messias não vem com uma política a derrubar o poder do império e sim, uma política que derruba valores do império.

Sejam profetas e anunciem o nome de Deus sem o temor das conseqüências, quando vemos o que é ser profeta aprendemos a rejeitar a dominação romana e damos uma forma nova forma ao viver. Conseguimos enxergar a olho nu as moedas sendo entregues a César ao assistir o governo beneficiar os poderosos e derrubar os fracos. É fato lembrarmos no cenário da idade média onde a própria igreja “cobrava para entrar no reino dos céus”. Uma heresia contra os ideais da vida.

Política e religião devem estar em comunhão, mas não devem ser opressoras, pois o único poder é o divino, onde Deus é o centro do universo.



Eduardo Brasileiro.
foto: Iasser Arafat e um garoto(soldado).

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Sonho meu


Quando no instante te olhei,
minha vida encontrei,
nos sonhos suntuosos de nostalgia,
eu somente sentia o que você sorria.

Minha vida amarga e fria
tornaste completa com a sua alegria,
com os lábios que pude sentir
estranha sensação de que já estive ali.

Então minha vida entregaste.
no caminho que te achaste
com medo de dizer,
que nesse amor posso ali morrer.

Eu disse amor, pois, me lembro,
que um dia me apaixonei
e nas flores chorei, mas sem medo de sonhar.
a você amor, vou me entregar.

Nos seus cabelos descansar,
em seus olhos me encontrar
e juntos sermos um,
e viver o que sou estando em você

Não acorrente nosso sonhar,
Pois, somos duas vidas
Aprendendo a amar.
Eduardo Brasileiro.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Sem asas para voar




Isso é vida real, a fantasia guardo no céu de meus pensamentos. O que hoje lhes digo é o relato de um homem, somente um homem que sorriu quando criança, sonhou sendo jovem, lutou como um homem. Mas ele partiu.


Já fui você. O que fostes em um dia ensolarado, o que foi com sua namorada no cinema e com seus amigos nas confissões.


Sou uma ópera ambulante proclamando notas baixas ás mais altas. Você quis, eu fui o mal, fui o bem disfarçado, abri meus olhos estava perdido era um robô, uma maquina que sorri do que me faz chorar e chorar do que me faz sorrir, por você, maldita destruidora de homens... Sociedade, meio em que eu, não sou mais eu, pois, você me devora.


Hoje eu matei um homem, esse homem fui eu, deixei de chorar pelo o que eu quisera ser, tornei-me mais um pela minha fraqueza, a fraqueza de não conseguir olhar em seus olhos e dizer: não. Duas vidas você do seu lado e eu, do meu. Sendo o que todos são menos o que sou.


Perdido no oásis de meus sonhos, me pergunto se eu, ainda posso ser o que nunca fora ...Nesta terra de gigantes.






Eduardo Brasileiro.

domingo, 11 de novembro de 2007

Minha terra


Alí é o meu lugar,
onde já sei conversar,
onde encontro o mesmo luar,
é lá que vou descansar.

Numa terra que te fez sangrar,
o sangue dos mártires deslizar,
na rua que crianças ao brincar,
amarelinhas se põem a desenhar.

Sem pensar, sem vacilar,
nesta terra que o povo aprendeu a trabalhar,
sem negar e bem aventurança de ajudar.
Povo bonito que vai além de só rezar.

E nos oásis de meu pensar,
eu não aprendi a hesitar,
pois, sei senhor, se me apaixonar,
a essa mulher vou me entregar.

Filhos eu vou criar,
e, ensinando-os a ganhar,
mostrarei a beleza de dar.
E no por do sol, sobre o mundo vamos conversar.

E quando tudo acabar,
meus amigos vão chorar,
por um homem que o que fez foi sonhar
e, só quis viver para amar.

Nesta terra, contigo vou ficar.

Eduardo Brasileiro

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Sorria, apenas sorria.


Preso, não mais. As amarras que tinha do normal me transformaram no bem maior do sentir.

Sentir um sorriso ao acordar e dele o abraço apertado que o sol nos dá, um sorriso que se doa e o seu brilho é o coração.

E pela tarde poder rir com uma boa piada, e nessa piada se deliciar com o carinho de quem eu nunca tivera a intenção de conhecer, neste instante não somos senão a reciprocidade da felicidade. Quem vive escreve uma vida, quem faz sorrir, escreve duas, três... lembre-se viver é mais do que apenas viver.

E durante a noite debruçar-se em gargalhadas, então na hora de dormir descansar para amanhã viver; a arte de sorrir quando o mundo lhe diz não.
Eduardo Brasileiro.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Finados.


Um dia, hei de passar por um dos cemitérios de minha terra e alí me dizerem – é aqui que o seu José esta enterrado - não me importa o prefeito, o escritor a celebridade ou a miss Brasil. Já basta o seu José... Gente boa, pouco conhecido, amigo de todos, de olhar singelo, de baixa voz ao falar.

A comemoração do dia de finados trás um momento especial para lembrarmos daqueles que foram e aqui deixaram sua história, fatos, escritos, ensinamentos, um abraço, um beijo aquele que foi e comigo deixou algo, um sentimento nostálgico que faz crer que o melhor foi vivido. A morte nos espreita, e nós seres tementes a ela nos alicerçamos em nossa fé, acreditando no ser que rege por nós Deus.

Eu, homem como qualquer outro, sei que quando morrer não quero que vão chorar no meu túmulo, mas quero que dêem risada com minhas piadas, e leiam o que um dia sonhei. Debaixo da terra todos jazem por uma vida igual à de todos, e não é ali que se encontra o cortejo de nossas almas, não aqui onde minh’alma não á de descansar. É lá, onde todos me conhecem e as ruas não têm nomes, elas são retratos do que fomos, somos e estamos criando.

É lá, que eu sou somente eu, o poderoso é só mais um e o seu José, é o seu José... um bom lugar pra descansar.



Eduardo Brasileiro.