sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Tarde bonita


Os pássaros aplainavam na beira do mar,
O outono já partia, e as flores secas do vivido,
O último raio fulgurante do Sol,
A Natureza dando sua beleza e amor.

Aplainada com seus sonhos na beira do mar,
Os passos vividos como lição tomada,
E meus últimos raios, para amanhã renascer.
Sou isso o humano vivendo o divino.

Porque foi nesta tarde bonita,
Que vi meu amor passar,
E um outono recomeçar,
E dessas flores eu hei de me apaixonar.


Eduardo Brasileiro

sábado, 25 de agosto de 2007

Á Amedeo Modigliani


De tão grande que fostes.Tão incompreendido que sejas.A paixão pela vida, o fez um simples apaixonado,Tentando compreender o que nunca poderia ser.A Busca de ver com os olhos comuns,
O que só pudera ver com os de um Deus,
Nos pesadelos de uma vida vistes o sonho de uma criança,
E no sopro de uma vida, os comuns apegos humanos.

Na genialidade de ideais, o prazer pela vida.
No desafiar de um homem, fizeste o murmurar em seu túmulo,
A mulher que tomastes, tornou-a entregue ao amor destrutivo,
E na renuncia pela vida o amor incomensurável pela arte de viver.


Eduardo Brasileiro

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Geração do amor.


A década de 70 foi marcada pelo grito nostálgico de milhares de jovens brasileiro em busca de liberdade de expressão.
Décadas se passaram, e, estes jovens trouxeram uma nova geração. Motivados pelo inconformismo de seus pais, o que essa geração fez foi se acomodar com o trabalho já feito por eles.
Diante de tantas vemos a nova geração de jovens, sentados no sofá, assistindo novela, tomando coca-cola, saindo pra balada e voltando 6 horas da manhã. Mas qual seria o grito nostálgico dessa nova geração?
“Queremos curtir, queremos amar, porque a vida é muito pequena para o sonho de um jovem”.

Que curtir é esse? Que amar é esse? Que sonhos são esses?
-Sonhos consumistas e materialistas.
-Amar sem compromisso, e beijar sem razão.
-Curtir não se importando com as regras, o que importa é ser feliz.

Onde estou? O que foi feito dos jovens revolucionários? O que foi feito da consciência de milhares?
Estão por ai, lendo e escrevendo fofocas em jornais, roubando em seus escritórios e lucrando para si, e, a quem eles ironicamente dizem amar, rindo de casos de família dos nossos políticos, choramos com novelas, dormimos com armas debaixo do travesseiro, e amanhã não sabemos se estaremos empregados.
Dizemos não ter preconceito, mas julgamos ao olhar para o tênis que o outro usa.
Mas mesmo assim afirmamos: “amamos a quem nos ama, e só queremos paz.”

Onde está o amor? O que você fez para a paz?

Somos a geração do ego sentimental, e da utopia de uma vida.


Eduardo Brasileiro
foto:Martin-luther-king

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Gente boa.


É quando eu passo pelas ruas de minha terra,
e logo, vejo as crianças na rua jogando bola,
as mulheres na escada conversando sobre o lar,
o senhor que ao fumar vê que o moderno sempre vem,
mas o homem nunca irá mudar.


As cadeiras postas ali, trazem estórias de domingo a tarde,
as fachadas humildes, construídas com amor,
os homens que com empenho saem para o trabalho,
e os oficiais que com orgulho cumprimentam os moradores.


É ai que tem gente boa, a gente da esperança,
gente que o dia nasce e leva consigo uma lição,
gente que vive sem negar um tustão,
gente que quero sorrindo como uma nota de canção .



Eduardo Brasileiro